Desde os tempos mais remotos o homem tem noção da Unidade de Deus e da Existência da Imortalidade da Alma, ou melhor, do Espírito.
Quando adorou o Sol ou a Lua, o Trovão ou o raio, o tronco ou o penhasco, a árvore ou a serpente, a ave ou a flor, adorou o Deus Único, objetivado na materialização destes símbolos.
Quando, porém colocou armas e utensílios, manjares e bebidas junto aos túmulos dos seus mortos, demonstrou a percepção de que o sopro divino, o Espírito que animara o corpo inerte, ali depositado, continuava a sua peregrinação no Mundo Invisível.
As Revelações, os Mistérios, os Cultos, os Conhecimentos, mais antigos confirmam estas verdades, de modo insofismável.
O pressentimento de que a existência do Universo e dos fenômenos que o revelam, são inexplicáveis sem uma causa primaria, levou-o à concepção de Deus, o Espírito Supremo, a Realidade Infinita, e a intuição de que o Espírito era independente da matéria, permitiu-lhe a certeza de que não se poderia extinguir com o corpo físico e daí a sua Imortalidade.
A arte da Magia consiste em empregar alguns dos chamados agentes espirituais invisíveis para gerar resultados visíveis. Tais agentes não são necessariamente entidades invisíveis, que vagueiam pelo espaço, prontas a atender ao chamado de qualquer um que tenha aprendido certas fórmulas cerimoniais e encantamentos. Consistem sobretudo na força invisível, mas não menos poderosa, das emoções e da vontade, dos desejos e das paixões, do pensamento e da imaginação, do amor e do ódio, do medo e da esperança, da fé e da dúvida, etc.
São poderes pertinentes à chamada Alma, os quais são, até certa medida, empregados por todos diariamente, de forma consciente ou inconsciente, voluntária ou involuntária. Alguns não conseguem controlá-los, nem resistir à sua influência, e por conseguinte passam a ser controlados por eles. Convertem-se em instrumentos passivos: “médiuns” por meio dos quais esses poderes operam, e muitas vezes o fazem na condição de escravos sem vontade própria.
O espírito ou alma é imortal, pois ele é feito à imagem e semelhança de Deus. Assim, minha parte divina, vinda de Deus é, obviamente, imortal.
Porém, a manutenção desta parte divina, em mim individualizada, autoconsciente, não é necessariamente eterna.
O que na doutrina Rosa-Cruz é a imortalidade? É a manutenção da autoconsciência, individualizada eternamente.
E comum confundir-se a imortalidade do Espírito (Alma, Chispa Divina em nós), com a manutenção da autoconsciência individualizada eternamente, em todo ser humano. Esta manutenção da autoconsciência individualizada eternamente
A imortalidade - é aquilo que precisa ser conquistado na vida cotidiana, no aprendizado do mundo, nas experiências do plano físico.
REVISTA MENSAL DA IGREJA
GNÓSTICA DO BRASIL
ORGÃO OFICIAL DA
FRATERNITAS ROSICRUCIANA ANTIQUA
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No dia 02 de novembro, nossa Igreja Gnóstica comemora 76 anos em nosso país, fundada oficialmente no ano de 1936.
A F.R.A. foi fundada em 1927 pelo médico e ocultista alemão Arnold Krumm-Heller (1876-1949), conhecido nos círculos esotéricos como Mestre Huiracocha, destacado iniciado da Ordem Martinista, da Ordre Kabbalistique de la Rose+Croix, do Antigo e Primitivo Rito de Memphis-Mizraim, da Hermetic Brotherhood of Luxor, da Societas Rosicruciana in Anglia, do Collegium Pansophicum e da Ordo Templi Orientis de Theodor Reuss, bem como Patriarca da Igreja Gnóstica por sucessão de Ernst Christian Heinrich Peithmann (Basilides).
No ano de 1905,0 Dr. Arnold Krumm-Heller — MESTRE HUIRACOCHA — fora iniciado por Papus (Dr. Gerad Encause) na Igreja Gnóstica, em Paris. Após ser sagrado Bispo da Igreja Gnóstica, iniciou os trabalhos gnósticos, aproximadamente, em 1906, usando o Ritual Gnóstico que lhe tora legado pelo Patriarca da Alemanha e da Austria, Dr. E.C.H. Peithmann (Patriarca Basilides), ficando o Mestre Huiracocha encarregado de levar os ensinamentos gnósticos aos países de língua espanhola e portuguesa.