domingo, 4 de março de 2012

Equinócio de OutonoCom a entrada do Equinócio de Outono (Equinócio de Áries), a FRA Comemora o ano novo R+C em seu Templo. O Templo R+C é o local onde os Irmãos da Rosa e da Cruz se reúnem para realizar suas tarefas ritualísticas (mágicas e espirituais).

Nesta mesma data outras organizações esotéricas, comemora também o início de mais um Ano Novo Sideral.

Um ano é o período de tempo necessário para que o Sol, passando pelo signo zodiacal de Áries, no Equinócio de Outono, no hemisfério sul (Primavera no hemisfério norte), volte, após “percorrer” todo o zodíaco, novamente ao signo de Áries.

Escolheu-se para início do ano, desde remota antiguidade, o Equinócio de Outono (Primavera no norte), que ocorre no signo de Áries, em março, para que as estações do ano possam se harmonizar com os equinócios e solstícios, e assim manifestarem, de fato, o que ocorre nos planos invisíveis, mostrando-nos as marés de forças cósmicas, que chegam à Terra nestas épocas.

Aproveito o ensejo para recordar alguns conceitos relativos ao Templo R+C.

Os R+C consideram seus Templos como representações alegóricas de nossos corpos físicos, onde todos nós devemos penetrar, diariamente, utilizando-nos da visualização, da concentração e da meditação.

Acreditamos que, como diz o preceito hermético, “como é no micro, assim é no macro”, e podemos, então, dizer, que todo o universo constitui o real Templo de Deus.

Continuando a analogia podemos dizer, que todo templo tem como parte central o seu altar, que no templo humano é o coração, local onde o Pai em nós habita e se manifesta.

  As lendas e tradições dos povos do chamado período helenístico [influência da cultura grega], estão muito associadas à atividade humana, especialmente a agrícola. Procurando manter-se sempre em harmonia com as leis da Natureza e do Cosmos, nossos antepassados, frente a tais fenômenos, celebravam festas e ritos apropriados à ocasião, e adotaram, ao norte do equador, o equinócio da primavera como data para o início do Ano Novo Solar.

Aliás, a constelação de Áries, primeira do Zodíaco e facilmente localizável no céu, já era conhecida pelos babilônios. Cerca de 2.500 anos a.C., diante da frequência de tais fenômenos, eles fixaram o início do ano, justamente, nessa época.

O calendário romano, antes da reforma determinada por  Júlio César [101 - 44 a.C], tinha início no mês de março. Este calendário, ou  Juliano, em data bem posterior [1582] foi revisto e atualizado pelo gregoriano, que é usado até hoje em quase todos os países do mundo.

No momento que o Sol entra no signo de Áries, um novo ciclo solar se inicia com a caminhada, aparente, do Sol pelos doze signos do zodíaco, indo de Áries a Pisces. No dia dos equinócios, o dia tem duração idêntica à da noite, daí o significado da palavra equinócio.

Nós, Rosa-cruzes, dedicamos este momento astronômico para celebrar o Ano Novo R+C, em ambos os hemisférios. Nada poderia ser mais lógico, que iniciar o ano, juntamente, com o início do ciclo solar, que mostra a "viagem" do Sol pelos signos zodiacaís. 0 ciclo solar também se reflete, perfeitamente, na Mãe Natura através das modificações sensíveis às quais chamamos de estações do ano.

Os povos antigos também realizavam festas nestas efemérides, pois compreendiam que nestas datas ocorrem mudanças climáticas muito importantes, que influem sobremaneira, tanto em nosso corpo físico, como no psíquico e também no mental, condicionando a nossa disposição para agir, sentir pensar e intuir, o que ocorre pela modificação da energia dos tattwas sobre nossas glândulas endócrinas. Acima de tudo os antigos reconheciam a importância dessas influências como coadjuvantes importantes na preparação e conquista dos valores internos e, os mais despertos em termos espirituais, aproveitavam adequadamente essas energias para atitudes que objetivavam, acima de tudo, auferir estados de consciência que somente as mentes devidamente ajustadas podiam conquistar.

Ostara entre os antigos povos escandinavos, era a deusa da primavera (Hemisfério Norte). Considerada como símbolo da ressurreição de toda a Natureza, era ardorosamente cultuada no início da estação das flores. Em homenagem à deusa, adotaram o costume de promover a troca de ovos coloridos, chamados de "ovos de Ostara", como emblema de renovação da vida. Essa pratica, mais tarde, foi adotada nas comemorações da Páscoa cristã, com o mesmo significado.

Deusa OstaraOstara seria o momento em que a Deusa (que é a própria natureza) se enfeita para seduzir o Deus (o aspecto solar) e assim fecundá-la durante o ritual seguinte, que é Beltane.

O cristianismo, ao celebrar a Páscoa dias após o equinócio da primavera (outono no hemisfério sul), tem por objetivo a identificação do ressurgimento do vigor da Natureza com a Ressurreição de Jesus, o Salvador, enquanto a comunidade judaica, nessa mesma época, comemora a festa da colheita da cevada e a festa da  liberdade, em memória da redenção dos escravos israelitas do jugo egípcio.

  Da mesma forma que esses fatos históricos, ainda hoje celebrados no mundo ocidental, as ordens esotéricas, especialmente a Rosacruz e a Maçonaria, em consonância com os mitos e lendas religiosas, cultuam a morte e a ressurreição dos Heróis Solares e festejam, solenemente, a chegada do Equinócio Vernal em data mais ou menos coincidente com a simbólica morte de Cristo, o Sol Invictus.

Por isso  As Sociedades esotéricas realizam rituais todas às vezes que ocorrem à entrada de um dos Equinócios ou de um dos Solstícios.

Aprendemos, através dos ensinamentos dos Irmãos Maiores da Rosa-Cruz, que os solstícios de verão e inverno, juntamente com os equinócios de primavera e outono, forma os pontos de transição na vida do Espírito da Terra e de toda a Natureza humana.

No Solstício do Inverno é uma época de ceifa e semeadura, Nesta época, devemos deixar morrer para tudo o que é velho e imprestável para nossa nova jornada, que começa na Primavera, quando as forças internas e externas explodem como um novo grito da Alma em busca de sua libertação da Roda das Encarnações.

E culmina no Verão, quando o fogo da Vida Espiritual deve abrasar todo o nosso ser e que só começam a esmorecer novamente no início do Outono (idade madura) quando, se não tivermos aproveitado a oportunidade que nos é oferecida, morreremos de fome espiritual pelo esbanjamento da oportunidade perdida.

Muitas lições poderiam ser extraídas do que acontece conosco durante este período como, por exemplo, aprender a vivenciar esta energia para as mais profundas meditações de nossa vida.

Convido para que meditemos na energia que permanecerá durante estes três meses como oportunidade santificada não só em nossas práticas externas, mas também dentro de nossos próprios corações.

Associando o Templo R+C e o Ano Novo podemos sugerir aos Irmãos R+C, que também façam a reforma, transmutadora, de seus templos internos, para que este novo ciclo solar, que agora se inicia, possa trazer novos avanços, internos e externos, todos voltados para a conquista do caminho iniciático, que todos almejamos.

A todos os nossos Irmãos e amigos da FRA desejamos um feliz e pleno Ano Novo, repleto de realizações espirituais.

 

***

O Equinócio Vernal (21/03), assinala a entrada da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. É especialmente considerado pelos Astrólogos, pois este “Ponto Vernal”, marca o início do Signo de Áries, a entrada do Sol no Signo de Áries, que marca o início do Zodíaco. É quando o Sol, no seu movimento aparente, passa do hemisfério sul para o hemisfério norte.

O Equinócio Outonal (23/09), marca a entrada do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul, quando marca a entrada do Sol no Signo de Libra”; instante em que o Sol passa do hemisfério norte para o hemisfério sul.

Solstício de Verão (22/06) no hemisfério norte e de inverno no hemisfério sul, quando o Sol ingressa a 0º do Signo de Câncer, quando o Sol alcança sua máxima declinação norte, 23º27'. Neste momento, o Sol “imobiliza” seu movimento gradual para o sentido sul e passa a dirigir-se na direção do pólo norte.

Solstício de Inverno (21/12) no hemisfério norte e de verão no hemisfério sul, quando marca a entrada do Sol no Signo de Capricórnio, quando o Sol alcança sua máxima declinação sul, 23º27'. O Sol “imobiliza” seu movimento para o sentido norte e começa a dirigir-se na direção do hemisfério sul.

1 comentários:

Luz*Beija-flor disse...

FELIZ ANO NOVO A TODOS...

Abraços.

Teyla

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